domingo, 1 de abril de 2012

Amanhecer em SãoLuiz Gonzaga

AMANHECER

Ao deslumbrar o horizonte, a leste, silhuetas voluptuosas delineiam, contrastando com uma claridade esmaecida ainda. Luzes ao longo da avenida se mesclam com um novo visual. Ciclistas, cabeleiras soltas ao vento, descem na contramão. No supermercado, caminhões descarregam produtos perecíveis. Nas vans, circulam escolares, cabecinhas sonolentas, mas imbuídas de grandes responsabilidades. Ônibus de empresas locais, ou não, transitam vazios em direção à Rodoviária para dar início a jornada diária. Táxis voam, levando passageiros oriundos da capital para o destino desejado deles. Gatos vasculham lixos. Cachorros latem ou caminham despreocupadamente pelas ruas sem o receio de serem atropelados. Jornaleiros distribuem edições a assinantes. Madrugadores, atletas ou candidatos a tal, realizam sua corrida, ou caminhada, cotidiana. Boêmios, perigosos motoristas, tentam retornar a lares desmoronados. Brigadianos motorizados refazem sua última rota antes de entregar seus plantões. O astro rei tenta se infiltrar. Estrelas já se esconderam. Lua permanece no fica não fica. Contudo o luar já se foi. As luzes da Avenida, paulatinamente, estão sendo apagadas. Ele, o sol, garboso, ilumina toda a cidade. As formas, antes eróticas, dão lugar a casas, pequenos edifícios, torres gêmeas da cooperativa, árvores, antenas de TV... Assim é o amanhecer em São Luiz Gonzaga, terra missioneira. Obs: cenário observado da Academia Boa Forma

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